Dia 167
Hoje creio que foi o dia mais difícil até aqui. A tentação começou desde a hora que acordei e persistiu até o começo da noite. A vontade de recair era grande, eu ja estava me planejando, montando um roteiro dos sites que eu iria acessar e o que iria procurar, até a hora que eu iria começar. O desejo era grande ao ponto que as vezes eu parava e ficava esfregando a mão no rosto, passando a mão na cabeça, andava pela casa sem rumo, ficava olhando pela janela da frente para o nada. (Hoje fiz homeoffice)
Durante o dia eu relia os comentários de apoio que a galera comentou por aqui, buscando neles inspiração pra não chutar o balde quando chegasse o fim da noite.
Quando o trabalho acabou eu ouvi uma música cristã que eu mesmo fiz, ela fala sobre Deus nos ajudar a carregar o fardo. Isso me emocionou pois uma música que compus a uns dois anos atrás faz mais sentido agora.
Fiz um pouco de meditação criativa pra corrigir a anterior que eu havia feito, pois creio que o fato de eu ter soltado o meu Eu viciado, era porque eu queria que ele voltasse a causar problemas novamente.
A meditação criativa foi a seguinte:
Eu entrei no casebre em que ele estava preso anteriormente, tirei a coleira da parede e fui procura-lo. Entrei em um grande deserto em que ventava muito, passei por dunas, até que avistei algo de longe e fui em sua direção. Quando fui chegando perto pude notar que o meu Eu viciado estava aos pés da pornografia, implorando para ser alimentado. A pornografia era um demônio feminino, com um belo corpo, pele vermelha e chifres pretos. Quando o meu Eu viciado me viu, ele ficou aterrorizado e se escondeu atrás do demônio, eu ordenei que ele viesse, mas ele não obedecia. O demônio me olhava sorrindo, me desdenhando. Com uns gritos a mais o meu Eu viciado veio até mim, e o demônio me disse que eu sabia que não poderia resistir por muito mais tempo. Eu não respondi nada, apenas o encarei e coloquei o Eu viciado na coleira. Partimos de volta, com o Eu viciado dando trabalho no caminho, mas as vezes eu o arrastava a força. Quando chegamos ao casebre eu o prendi novamente, prendi seus braços e suas pernas e prendi a coleira na parede. Disse que ele ficaria assim, pois apesar de fraco, as vezes ele ainda poderia me prejudicar.
Parece coisa doido kk, mas a real é que após essa sessão de meditação criativa, eu estava estabilizado e a ideia de recair não era mais uma possibilidade.
Agradeço mais uma vez a cada um que dedicou um tempo pra mandar uma msg de apoio. Isso faz toda diferença.