Aprendi valiosas lições essa semana e tenho que sintetizar isso pois creio ser a chave para me livrar desse vício.
Desde o início, venho encarando isso de uma forma muito passiva e fraca. É como se eu acreditasse que em algum momento o vício simplesmente desapareceria. Entretanto, para a surpresa de 0 pessoa, o que acontecia era um tremendo ciclo que se estabeleceu desde 2021 entre alguns altos e baixos.
O que mudou?
Então, nos devocionais que venho fazendo durante essa semana senti a voz de Deus me dando inúmeros conselhos e agora preciso de esforço para me manter nesse caminho.
1 - Humilhação (Lucas 14.11)
Costumamos ler que “os humilhados serão exaltados” mas o texto não diz exatamente isso. Jesus está falando sobre quem SE humilha, ou seja, de quem genuinamente se coloca em posição de desconforto a fim de amortizar o próprio orgulho que há dentro de si.
A aplicação desse conceito em relação à P é justamente no ato de não consumir (sei que parece óbvio mas entender tudo isso a fundo garante uma chance de sucesso muito maior). Portanto, quando eu consumo P eu estou me satisfazendo como se eu fosse meu próprio deus: eu quero, eu faço. Humilhação é entender que apesar da minha vontade, devo negar isso como sacrifício que faço por Deus.
Exemplo disso é quando José recusa se deitar com a mulher de Potifar por temor a Deus. Ele não estava preocupado com a opinião dos homens, não estava preocupado em ser pego de surpresa, ele só queria ser justo diante dos olhos de Deus.
2 - Esforço (Salmos 81.7)
Continuamente, a humilhação demanda um esforço ativo (um dos pontos que eu mais falhava antes). Deus não envia salvação para quem não o procura de todo o coração.
Pensei muito na história de Noé: apesar de ser o único homem justo que Deus identificou naquele momento, não foi lhe entregue uma arca de mão beijada. Deus queria ver o esforço daquele homem. Portanto, Deus recompensa o nosso esforço e não somente a nossa intenção. Além disso, a construção da arca abençoou toda a família de Noé que foi salva do dilúvio. Isso nos mostra que o nosso sacrifício abençoa a vida de outras pessoas. A gente nunca sabe mas Deus nos capacita e prepara o nosso destino para que possamos ajudar outras pessoas em situações difíceis também.
3 - Fidelidade no pouco e no muito (Lucas 16.10-12)
Outro engano que costumava cometer era o de acreditar que eu não estava livre do vício ainda porque as condições não me ajudavam. Contudo, a condição está em função do vício e não o contrário. Exemplificando: muita gente acredita que está endividado porque não recebe um salário maior, porém isso não faz sentido, se você não consegue administrar mil reais, não vai conseguir administrar um milhão. Sei que é complicado conceber isso mas se manter rico é muito mais difícil do que ser pobre. Voltando para a minha condição, não é porque não estou casado, porque ainda não fui aprovado no concurso que tanto sonho que estou acometido por esse vício. Primeiro eu tenho que lidar com a situação presente para que Deus me abençoe com coisas maiores e, chegando lá, terei uma responsabilidade muito maior do que a que tenho hoje.
4 - Não faço mais que minha obrigação (Lucas 17.6-10)
Apesar de estar firme na obediência, eu não posso me vangloriar achando que existe mérito meu nisso tudo. Jesus disse nessa passagem "da mesma forma, quando vocês obedecem, devem dizer: ‘somos servos inúteis, apenas cumprimos nosso dever’ ".
Isso é autoexplicativo.
Agora o que me resta é refletir nesses conselhos e não esquecer em nenhum momento da minha responsabilidade diante disso tudo. O ânimo acaba justamente porque esquecemos do caminho que nos levou até ali. Mas se, por exemplo, alguém que quer se manter numa dieta visse seu peso e o tamanho da circunferência abdominal a todo momento, dificilmente fraquejaria. Então, devemos ter ciência da nossa fraqueza a todo momento para que, dessa forma, possamos nos manter motivados.