Dia 3:
Novamente acordei nesse horário, não sei o motivo porém ao menos eu posso escrever com p dia mais fresco na mente.
O dia começou estranho por assim dizer. Acordei era cerca de 9 horas com câimbra. Acho que é porque eu sou acostumado a comer muita banana e por isso meu potássio deveria estar num nível normal por isso, mas meus pais vem esquecendo de comprar, então já faz um tempo que eu não como e meu corpo não deve estar acostumado com essa queda brusca na quantidade de potássio. O resto do dia foi diferente dos anteriores. Apesar da câimbra, as dores que eu estava sentindo foram diminuindo ao longo do dia e agora a noite desapareceram. Hoje era dia de aula de musica, mas não fui pois ainda não sinto o paladar. Mas saí de casa e andei. Devo ter passado uns 30 minutos andando atoa pelo quintal da minha casa. O bairro onde moro foi feito onde era uma parte de uma mata aqui na minha cidade, por isso meu quintal possui inumeras árvores, dentre elas minhas favoritas são as de jabuticabas
Acho incrível como o vício te muda, lembro que antes eu ia para escola e só pensava em voltar pra casa e pra poder subir na árvore e me encher de jabuticaba.
Hoje eu só estuda a noite na faculdade e nem perro do pé passava.
É como eu disse ontem, o vício tira sua capacidade e sua vontade de aproveitar as pequenas coisas, seu cérebro só quer algo te encharque de dopamina, pra compensar os estimulos anormais que p causa.
Uma das melhores lembranças que eu tenho foi na festa junina da escola em que minha mãe trabalha. Era umsábado em 2012,na parte da tarde meu pai chegou com um presente, era o 2° livro do Diário de um Banana (eu já tinha lido o primeiro e adorava os filmes) então eu não li imediatamente, esperei chegar a noite, minha mãe chegou do trabalho e trouxe várias coisas, como churros, batata, doces e várias prendas que ela ganhou nos jogos que tinham lá, eu, ela e minha irmã mais nova nos sentamos na minha cama e começamos a comer e ao mesmo tempo que minha mãe lia o livro para a gente.
Acho que essa foi uma das únicas vezes que eu e minha irmã conseguimos nos sentar juntos sem brigar naquela época.
Sinto muita falta dessa época, onde não sabia o que era pmo, vício.
Outra lembrança era na festa de fim de ano da escola da minha mãe. Eu e meu pai iamos buscar ela. A festa acabava cerca de 00:00, mas eu e meu pai sempre saimos mais cedo e passeavamos muito, comiamos no MacDonald’s e ficavamos dando voltas de carro jogando conversa fora, principalmente sobre o Cruzeiro, e paravamos o carro no lugar por volta das 23:10, e iamos para o bar/restaurante que tinha em frente ao lugar da festa e ficavamos conversando com o pessoal que lá estava.
Nesta semana eu fui no médico, meu pai já é aposentado então ele me levou, e após o médico fizemos essa mesma coisa, passamos no MacDonald’s e ficamos esperando minha mãe sair do serviço enquanto conversavamos.
Tenho que dizer que não foi a mesma coisa.
O vício muda sua cabeça, você perde a capacidade de ter uma conversa com alguém, porque na sua cabeça tudo que vem é sexo.
Você não consegue construir amizades com mulheres, pois ou você não tem confiança pra conseguir falar ou você acha que qualquer oi, significa que a pessoa te deseja.
E o principal, você não consegue aproveitar mais as coisas boas da vida, seja porque prefere ficar em casa praticando m, porque está esgotado de energia ou porque seu cérebro já está tão desregulado que só quer buscar muita dopamina instantaneamente
Eu sei que esse texto ficou enorme, e acabou que praticamente não falei nada sobre meu dia, mas eu acho que essa é uma reflexão importante.
Já venho pensando nisso desde segunda, quando eu fui no médico.
Agora quero falar sobre meus próximos passos
Nesse sábado quero voltar a ler o Easypeasy e também voltar a praticar guitarra (não estava praticando nesse tempo que fiquei doente), além de fazer o exercícios da faculdade que não pude fazer.
Segunda feira irei na aula (só tenho aula presenciais na segunda, e remotas a cada 15 dias nas sextas)
E a partir de terça quero voltar a fazer o curso de AutoCAD, que dei uma pausa por estar doente.