@thiagocesarsf
Rapaz… você me fez ler mais do que esperava.
O primeiro texto (e o segundo também, porém falarei sobre mais abaixo) é muito bom.
Algo que sempre tenho repetido aqui (e para mim):
Na luta contra a impureza, vence quem foge.
Se uma pessoa tem o firme propósito de guardar a sua pureza, mas não evita os ambientes, as pessoas ou as coisas que o levam ao pecado, então, este propósito tem pouco ou nenhum valor.
Na questão do segundo, é que fiquei meio confuso com essa parte:
"Não deveríamos permitir que a nossa fé seja vanificada pelos demasiados debates sobre múltiplos pormenores menos importantes mas, ao contrário, ter sempre à vista em primeiro lugar a sua grandeza. Recordo-me quando, nos anos 80-90, eu ia à Alemanha e me pediam que concedesse entrevistas: eu conhecia sempre antecipadamente as perguntas. Tratava-se da ordenação das mulheres, da contracepção, do aborto e de outros problemas como estes que voltam a apresentar-se continuamente. Se nos deixarmos absorver por estes debates, então a Igreja identifica-se com alguns mandamentos ou proibições, e nós passamos por moralistas com algumas convicções um pouco fora de moda, enquanto não sobressai minimamente a verdadeira grandeza da fé.
Depois vi que foi por burrice mesmo:
Contexto:
Para aqueles que não descobriram a centralidade do amor de Deus na religião cristã, fica realmente muito difícil entender o porquê de “não pecar contra a castidade” ou a ratio de todas as demais normas morais católicas. O Papa Bento XVI, certa vez, alertou para o perigo de deixarmos o Cristianismo transparecer mais como um “código de conduta” que como um encontro real e profundo com Jesus Cristo:
Por causa da confusão li todo o “discurso do Papa Bento XVI na conclusão do encontro com os bispos da Suíça.” para entender melhor.
A outra parte da moral, que não raro é interpretada de forma muito controversa pela política, diz respeito à vida. Dela faz parte o compromisso em favor da vida, desde a concepção até à morte, ou seja, a sua salvaguarda contra o aborto, contra a eutanásia, contra a manipulação e contra a autolegitimação do homem a dispor da sua própria vida. Com frequência, procura-se justificar estas intervenções com as finalidades aparentemente grandes, de poder assim ser útil para as gerações futuras, e deste modo até parece algo moral inclusive o facto de o homem tomar nas suas mãos a própria vida e manipulá-la. Mas, por outro lado, existe também a consciência de que a vida humana é um dom que exige o nosso respeito e o nosso amor, desde o primeiro até ao último momento, também para os sofredores, os portadores de deficiência e os indivíduos mais frágeis.
Conclusão do discurso:
Penso que nisto temos uma grande tarefa à nossa frente: por um lado, fazer com que o cristianismo não pareça um simples moralismo, mas uma dádiva em que nos é concedido o amor que nos sustém e depois nos oferece a força necessária para sabermos “perder a nossa própria vida”
Em algum momento pensei que a parte mencionada falava que essas coisas (debates sobre aborto, contracepção e etc) não importavam tanto, me forçando a ler todo o discurso do papa.
E então isso aqui resumiu tudo:
Veio-me à mente a palavra de Santo Inácio: “O cristianismo não é uma obra de persuasão, mas de grandeza”
É como tentar dizer para uma pessoa: "Você vai para o inferno caso não se converta a Cristo! Muhu rá rá rá! Mas existe algo muito mais importante do que entrar nessas questões, que é (como diz no texto) mostrar a grandeza da fé. Assim, consequentemente, em algum momento, a pessoa entenderá essa e outras questões relacionadas a mesma.
Como já dizia um Pastor: Texto fora de contexto é pretexto para heresia.
Caso eu tenha entendido algo errado, pode me corrigir tranquilo.