Pornografia e relacionamentos

A exposição frequente à pornografia está associada a uma diminuição na confiança em parceiros íntimos; aumento do risco de desenvolver uma imagem negativa do corpo, especialmente para as mulheres; aceitação da promiscuidade como algo normal; visualização do amor de maneira cínica; crença de que a satisfação sexual pode ser plenamente atingida sem necessidade de afeição pelo parceiro; crença de que os relacionamentos íntimos são limitados e a crença de que ter filhos e construir uma família é uma opção pouco atraente.

Muitos homens culpam as próprias esposas para justificar o uso de pornografia. Eles insinuam que o casamento é pouco satisfatório, que elas já não são mais tão atraentes, que não possuem uma mente aberta para novas experiências sexuais ou que elas se preocupam demais com os filhos e se esquecem de suprir as necessidades do marido. O que ocorre, na verdade, é que o uso frequente de pornografia acaba tornando as esposas desinteressantes e desvalorizando o casamento, pois a excitação sexual gerada pela pornografia “sequestra” a excitação natural com o parceiro íntimo.

Em 2002, num encontro da American Academy of Matrimonial Lawyers, 62% dos advogados presentes comentaram que a Internet foi um fator importante nos divórcios que eles conduziram naquele ano. Levando em conta somente os casos desses advogados, é possível observar que em 56% deles um dos envolvidos no divórcio via pornografia na Internet com frequência.

Num estudo realizado com esposas de homens viciados em sexo para os quais o uso de pornografia era um problema no relacionamento com suas esposas, observou-se que 68,18% delas experimentou alguma forma de isolamento (emocional, espiritual, física ou social) durante o período em que lidou com esse problema. Um detalhe interessante é que a maioria dessas mulheres relatou que, embora fossem felizes em outras áreas da vida, ainda sentiam o retraimento ao serem confrontadas com o problema, devido à natureza vergonhosa do vício de seus parceiros.

Muitas mulheres que descobrem o uso compulsivo de pornografia de seus parceiros ou quaisquer outros vícios sexuais sofrem de efeitos psicológicos tais como fadiga, alterações no apetite e na libido e até mesmo pensamentos suicidas.
Um estudo sobre o impacto do vício em cibersexo em casais descobriu que esse vício é um dos principais fatores contribuintes para a separação e o divórcio. Diversas atividades sexuais online foram listadas no estudo, e a pornografia estava envolvida em todas.

Um estudo realizado com 100 mulheres que estiveram em relacionamentos com usuários de pornografia concluiu que essas mulheres frequentemente enxergam o consumo de pornografia como uma ameaça para o casamento. A delas aumentava de acordo com a frequência das atividades sexuais de seus maridos que elas imaginavam, e seus sentimentos não eram influenciados por crenças religiosas.

Casamentos nos quais um dos parceiros tem algum problema relacionado à pornografia ou à compulsão sexual são frequentemente infestados com problemas de intimidade e sensibilidade, ansiedade, discrição, solidão e piora na segurança financeira devido ao risco de perder o emprego e dívidas.

A exposição de adultos casados à pornografia está relacionada à ocorrência de affairs (casos amorosos) e traições.
Num estudo que analisou casos de estupro conjugal, descobriu-se que há uma relação entre o uso de pornografia e os mais sádicos estupros conjugais.

Link original Ciência da Pornografia

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