Olá! Me chamo Felipe e minha história com esse vício não se distingue das outras histórias que ouvimos de uma grande parcela de pessoas que entraram nesse vício, que é a pornografia e a masturbação.
Passei a ver pornografia desde o início da minha adolescência, quando eu ainda não conhecia o submundo do sexo desregrado. Minha mente era pura e não pensava em depravações - apesar de ouvir muitos comentários deste nível através de colegas de escola e de bairro.
Eu ansiava por ter uma namorada. Via os meus colegas namorando nas praças e me vinha uma uma tristeza profunda por não estar desfrutando deste bem. Passei a esquecer disto e continuei minha vida, até que surgiu uma garota em minha vida: minha primeira namorada aos 16 anos de idade. Passei a ter contato íntimo com ela cedo demais, o que acarretou o gosto de realizar cada vez mais atos sexuais sem estar preparado fisicamente e psicologicamente.
Passei a me masturbar nesse período e isso se estendeu até os dias de hoje. Passei por esse relacionamento, fui para outro com esse vício e o mesmo destruiu o meu relacionamento. Eu amava tanto essa mulher que pretendia me casar com ela, mas ela me deixou. Fiquei solteiro por uns meses até conhecer minha atual namorada que também pretendo me casar. Ela é bem diferente de todas essas mulheres que conheci e que passaram na minha vida. Ela sabe do meu problema com esse vício, porém me ajuda a vencer com incentivo. Passei a estudar por conta própria filosofia e isto abriu outras possibilidades de estudo, como psicologia, teologia e até mesmo neurociência.
Hoje, com 25 anos de idade, percebo o quando destruí minha vida em um prazer solitário. Não sinto alegrias, motivações, desejos, ódio, nada. Me sinto como um zumbi na maioria do tempo. Não tenho concentração para estudar, e o meu déficit de atenção aumentou e muito durante esse tempo em que perdi realizando esses atos. Tento utilizar um pouco da minha energia interior (determinação) para realizar as minhas tarefas, mas é difícil. Passei a estudar sobre esse tema e até escrevi um artigo em meu blog sobre o assunto e como isto influencia o cérebro. O meu blog hoje é o resultado dos meus estudos que fiz em casa, lendo bons livros e assistindo aulas online com excelentes professores.
Por conta dessa situação, perdi o gosto pelas coisas boas da vida. Nada me deixa feliz. Sinto um vazio enorme em meu ser. Acredito em Deus e sei que Ele tem algo grande para mim, uma tarefa a ser feita, mas sinto que não consigo realizar tamanho feito nesta minha vocação intelectual.
Este é o meu primeiro dia que decido não ser mais escravo desta porcaria de uma vez por todas. Deixarei o link do meu artigo aqui, caso vocês tenham interesse em ler e encontrar o caminho da libertação.
É difícil para mim até mesmo praticar o que eu mesmo escrevo, mas irei continuar lutando. Uma frase que ouvi de um dos meus professores que jamais esquecerei foi uma ponta de esperança para mim: “Se cair mil vezes, levante mil e uma. Não desista”. Ainda há esperança para todos nós. Podemos nos livrar deste mal, basta fazermos o que precisa ser feito. Até a próxima!
https://filosofiascontemporaneas.blogspot.com/2019/05/a-dopamina-e-o-descontrole-cerebral_27.html