Falhei de novo. Eu sou uma piada.
Desta vez vou me ‘auto avaliar’. Sou uma pessoa que consome muito conteúdo audiovisual, como séries e filmes. E muitas vezes as pautas das drogas são levantadas e discutidas. Geralmente a personagem vai para um centro de recuperação, mas quando volta, ele torna a usar drogas. A personagem sabe que faz mal, mas continua cedendo ao vício.
É triste ver isso (apesar de ser uma ficção, mas sabemos que é a realidade de muitos), e eu como espectador as vezes fico frustrado, pois parece ser tão “fácil” largar esse vício: é simplesmente parar de usar. Pronto. Resolvido. Creio que muitos também pensam assim. Infelizmente quando algo não te atinge de verdade, você nunca vai saber o peso daquilo na sua vida.
Logo fiz a comparação com minha vida: a masturbação. Eu sou viciado em me masturbar. Isso é fato. Não que eu passe o dia inteiro praticando tal ato, mas pelo menos uma vez no dia eu faço isso, seguido de pornografia. Uma vez no dia, a cada dois dias, uma vez na semana. Não importa. Eu sempre estou fazendo isso.
Então não é simplesmente parar? É fácil! Apenas pare de se masturbar!
E é aí que tudo cai por terra. Você percebe que está é um trem: o trilho (caminho) sempre é o mesmo. Existem várias paradas, mas nem sempre descem pessoas, mas em algum momento, as pessoas vão ter que descer. E essa é a melhor comparação que eu consigo fazer no momento (confesso que até achei interessante). Eu sou um trem. E muitas pessoas são um trem.
E o que devemos fazer? A coisa mais difícil: sair dos trilhos. Literalmente isso seria trágico, mas metaforicamente, isso é a liberdade, pois uma vez fora dos trilhos, colocar o trem novamente nos eixos seria difícil.
É necessário ter coragem.
Enquanto escrevo esse texto, pessoas querem descer na próxima parada.